O Brasil tem o compromisso de restaurar paisagens em áreas degradadas para recuperar seu potencial ambiental e sua capacidade de gerar ganhos econômicos. Além disso, a restauração florestal é essencial para o combate às mudanças climáticas. Até 2030, o país tem como meta restaurar 12 milhões de hectares; no entanto, ainda não desenvolveu uma forma de comprovar a evolução desse processo.

O projeto de Monitoramento da Restauração do WRI Brasil desenvolve metodologias com sensoriamento remoto, imagens de satélite e drones, entre outros meios, para mensurar os avanços da restauração nas paisagens. Em paralelo, a equipe realiza análises espaciais para a identificação de áreas importantes para restauração, visando promover a redução do aporte de sedimento que ajuda a manter e a melhorar a qualidade dos recursos hídricos.

O projeto está focado em três regiões específicas de três estados brasileiros: São Paulo (Vale do Paraíba), Minas Gerais (Bacia do Rio Doce) e Espírito Santo. A meta nessas regiões é monitorar o avanço do incremento da vegetação natural em uma área de 500 mil hectares em processo de restauração.

Algumas parcerias e ferramentas contribuem para o trabalho da equipe. Uma delas é o MapBiomas, importante ferramenta de monitoramento da dinâmica do uso da terra no Brasil. A plataforma online permite visualizar as mudanças nas paisagens desde 1985. O MapBuilder, componente da iniciativa Global Forest Watch (GFW), do WRI, também é um importante recurso utilizado pela equipe para divulgar os mapas de oportunidades de restauração. O MapBuilder inclui as ferramentas analíticas do GFW e permite a criação de mapas personalizados, geração de estatísticas e alertas sobre territórios de interesse.

O monitoramento é fundamental para que seja possível comunicar e reportar os resultados da restauração. Além disso, é essencial para garantir que produtores e pessoas no campo sejam reconhecidas pelo importante trabalho que fazem em prol da sustentabilidade no Brasil.

 

Foto: Preta Terra