WASHINGTON D.C. (4 de novembro de 2019) - O governo Trump enviou um pedido formal às Nações Unidas para retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. O processo de retirada leva um ano, o que significa que o país estará fora do acordo sobre mudanças climáticas em 4 de novembro de 2020. Uma eventual decisão dos EUA de voltar ao acordo teria efeito 30 dias após uma nova solicitação à ONU.

A seguir, uma declaração de Andrew Steer, presidente e CEO do World Resources Institute:

“Ao se retirar do Acordo de Paris, o governo Trump demonstra não se importar nem com a ciência nem com a economia. É um ato motivado por visões obsoletas, do século passado, que consideravam a ação climática cara e prejudicial ao emprego. Atualmente, sabemos que a ação climática inteligente que está sendo levada adiante pelo Acordo promove maior eficiência econômica, impulsiona a inovação e dá segurança jurídica a longo prazo. Juntos, esses fatores conduzem a uma economia muito mais forte.

“Abandonar o Acordo de Paris é cruel com as gerações futuras, pois torna o mundo menos seguro e produtivo. Também prejudica as pessoas nos EUA, que ficarão de fora do mercado de trabalho baseado em energia limpa, enquanto outras nações obtêm as vantagens competitivas e tecnológicas que o futuro de baixo carbono oferece.

“O presidente Trump está ignorando descaradamente a vontade de três quartos dos americanos, incluindo a maioria dos republicanos: permanecer no Acordo de Paris. A boa notícia é que milhares de estados, cidades e empresas dos EUA estão levando adiante a ação climática alinhada com o Acordo. Juntos, os atores desse grupo formariam a segunda maior economia do mundo – maior, inclusive, do que a China.

“O mundo está avançando para abraçar as oportunidades econômicas do século 21. Enquanto isso, o presidente Trump está minando a confiança de que os Estados Unidos honrarão seus compromissos globais e demonstrando uma grave falha moral como líder em meio à crise climática.”