Na primeira Cúpula de Ação Climática Local da história da COP, 62 países se comprometem em elevar o papel das cidades em planos climáticos
Dubai, 1º de dezembro de 2023 — Hoje, mais de 200 prefeitos, governadores e outros líderes subnacionais se reuniram para dar início à primeira Cúpula de Ação Climática Local, organizada pela Presidência da COP28 e pela Bloomberg Philanthropies, focada em elevar o papel das cidades no planejamento climático.
Na Cúpula, a Presidência da COP28 dos Emirados Árabes Unidos anunciou o lançamento da Coalition for High Ambition Multi-level Partnerships (CHAMP, “coalizão para parcerias multiníveis de alta ambição “, em tradução livre). A iniciativa foi endossada por 62 países, incluindo o Brasil, que se comprometeram com uma cooperação aprimorada entre governos nacionais, regionais e locais no planejamento, financiamento e implementação de metas climáticas nacionais.
A CHAMP foi desenvolvida em consulta com líderes subnacionais e atores-chave, incluindo America Is All In, Bloomberg Philanthropies, C40 Cities, CDP, Fundação Europeia do Clima, Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia, ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, NDC Partnership, UN Climate Change High-Level Champions, Under2 Coalition, ONU-Habitat, WRI Ross Center for Sustainable Cities, entre outros.
Leia a declaração de Rogier van den Berg, Diretor Global do WRI Ross Center for Sustainable Cities:
"Este encontro histórico é a maior reunião de prefeitos, governadores e outros líderes locais nas negociações climáticas da ONU desde a assinatura do Acordo de Paris e representa uma oportunidade crucial para forjar novas parcerias entre países e cidades para enfrentar a crise climática.
“Cidades e atores subnacionais há muito tempo foram deixados à margem nas cúpulas climáticas da ONU, mesmo que as cidades sejam responsáveis por 70% das emissões globais de gases de efeito estufa. É um grande sinal de progresso que isso esteja mudando nesta COP.
“A iniciativa CHAMP coloca as cidades no centro dos próximos planos climáticos nacionais dos países, a serem apresentados até 2025, e incentivará os governos nacionais a trabalharem ativamente com as cidades no planejamento de ações climáticas. Isso é significativo, considerando que menos de um quarto dos planos climáticos atuais dos países priorizam as cidades de forma adequada.
“O Balanço Global mostrou o quão longe estamos de atingir as metas climáticas do Acordo de Paris. Somente quando os governos nacionais, regionais e locais trabalharem ativamente juntos, os países poderão progredir mais rapidamente na redução das emissões. Acelerar a ação climática nas cidades não é apenas vital para reduzir as emissões, mas também para melhorar a vida dos residentes urbanos, muitos dos quais sofrem com a poluição do ar e acesso inadequado a serviços."