Salvador inaugurou no último dia 16 de novembro o primeiro jardim de chuva em área pública da cidade. Etapa final de uma série de capacitações iniciadas em julho, a implementação do projeto-piloto foi viabilizada pelo Cities4Forests e pelo WRI Brasil, entre outros parceiros. É o primeiro jardim de chuva em área pública na capital baiana.

O local da intervenção, um canteiro central na rua Anísio Teixeira, no bairro Pituba, foi escolhido por ser uma área de recorrência de alagamentos pontuais. O piloto é uma oportunidade de monitoramento e aprendizagem sobre o funcionamento do jardim de chuva. A implementação dessas soluções baseadas da natureza de forma integrada promove a drenagem sustentável da chuva, contribui para a redução de alagamentos, filtragem das águas e recarga do lençol freático, com múltiplos cobenefícios para as pessoas e a biodiversidade.

Capacitação

O projeto-piloto envolveu diversas secretarias, órgãos e departamentos municipais de Salvador. Além da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), participaram Defesa Civil (Codesal), Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Secretaria de Manutenção (Seman), Superintendência de Obras Públicas (Sucop) e Secretaria de Comunicação (Secom).

Ao longo de 2022, o corpo técnico passou por sete encontros focando em diversos aspectos, como a escolha do local, o dimensionamento, a escolha dos substratos, os materiais de interligação e suporte com redes de drenagem, e a vegetação a ser utilizada. A inauguração foi acompanhada da última capacitação, sobre plantio e manutenção de jardins de chuva.

capa de publicação
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Ao fim do processo, a cidade também lançou uma cartilha de infraestrutura verde e jardim de chuva para apoiar implantações futuras e o ganho de escala das soluções baseadas na natureza na capital baiana.

Viabilizado pela iniciativa Cities4Forest e pelo WRI Brasil, o projeto-piloto de jardim de chuva contou com consultoria das empresas Geasa Engenharia, Fluxus Design Ecológico e Piso Verde. A C40 Cities e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), a agência alemã de cooperação internacional, também são parceiras do projeto. O piloto deixa um legado de conhecimento técnico e experiência prática para Salvador, que será valioso em futuras intervenções de soluções baseadas na natureza na cidade.