Este estudo apresenta, de forma inédita, um compêndio cronológico da expansão urbana brasileira em suas dimensões demográfica e morfológica (horizontal e vertical) para um período de aproximadamente trinta anos (1993-2020). Os resultados apontam que, nos últimos trinta anos, a área urbanizada brasileira tornou-se, por um lado, mais verticalizada nas principais metrópoles e, por outro, mais espraiada nas concentrações urbanas médias.

Destaques:

  • A expansão populacional foi absorvida em proporções comparáveis de expansão horizontal (45%) e vertical/estável (55%).
  • A quase totalidade da expansão vertical do espaço construído foi vista em grandes metrópoles.
  • Concentrações urbanas médias e pequenas praticamente só passaram a abrigar novas populações por meio da expansão horizontal.
  • A maioria das concentrações urbanas brasileiras apresentou taxas de crescimento populacional maiores que as taxas de crescimento horizontal, mas menores que as taxas de crescimento vertical na maior parte do período, indicando uma tendência ao adensamento construído, mas não demográfico.
  • A maioria das concentrações urbanas brasileiras, e a quase totalidade das concentrações médias e grandes, apresentou taxas de crescimento do volume construído maiores do que suas taxas de crescimento populacional. A preponderância de um crescimento mais acelerado do volume construído do que nas populações urbanas, especialmente nos principais centros urbanos do país, pode refletir um aumento da presença de tipologias construtivas ineficientes, nas quais mais espaços construídos são dedicados
    a um número menor de habitantes.

Acesse os dados, cálculos e códigos do estudo neste link.