Accessibility to public green areas: case study in Belo Horizonte, Brazil
Estudo analisa a acessibilidade a áreas verdes na cidade de Belo Horizonte e sua relação com a renda.
Estudo em inglês. Para resumo em português, leia abaixo.
Public green areas provide important environmental benefits such as lowering temperatures and improving air quality. They improve residents’ quality of life by bringing people into contact with nature and providing space for recreation. These areas should be easy for all urban dwellers to access, but research in different countries reveals that these spaces are inequitably distributed and that low-income communities have less access to them.
This working paper analyzes accessibility to public green areas (PGAs) in the city of Belo Horizonte, Brazil and its relationship with income. Some highlights:
- The presence and accessibility of Public Green Areas (PGAs) are strongly correlated with income and wealth.
- The wealthiest region of Belo Horizonte (Centro-Sul) has the highest number and best access to Public Green Areas.
- On average, in a 15-minute walk, the lowest income decile (poorest 10 percent of the population) can access only 1 PGA, which would be on average 13,000 square meters (m²). In contrast, the 10 percent wealthiest can access 4 PGAs with an average area of 46,000 m². By bicycle, values for the same groups are 13 PGAs (or 140,000 m²) and 33 (346,000 m²).
- By public transport the results are more unequal: in 30 minutes, 6 PGAs (0.052 square kilometers) are accessible for the lowest-income 10 percent, and 31 (0.256 km²) for the 10 percent wealthiest.
- The main recommendations for the city in the short term are to increase public transport availability in peripheral neighborhoods and increase their connection to PGAs. In the mid and long-term, we suggest prioritizing these regions for the creation of new PGAs and stimulating transit-oriented development (TOD).
Resumo em português:
Áreas verdes públicas proporcionam importantes benefícios ambientais, como a redução das temperaturas e a melhoria da qualidade do ar. Elas melhoram a qualidade de vida da população ao promover o contato com a natureza e oferecer espaços para o lazer. As áreas verdes urbanas deveriam ser de fácil acesso para moradores de todas as regiões, mas pesquisas em diferentes países revelam que esses espaços são distribuídos de forma desigual e que comunidades de baixa renda têm menos acesso a eles.
Este working paper analisa a acessibilidade a áreas verdes na cidade de Belo Horizonte, Brasil, e sua relação com a renda. Alguns destaques:
- A presença e a acessibilidade a Áreas Verdes Públicas (AVPs) estão fortemente correlacionadas com a renda e a riqueza.
- A região mais rica de Belo Horizonte (Centro-Sul) possui o maior número e o melhor acesso a AVPs.
- Em média, em uma caminhada de 15 minutos, o decil de menor renda (10% mais pobre da população) pode acessar apenas 1 AVP, que teria, em média, 13.000 metros quadrados (m²). Em contraste, os 10% mais ricos podem acessar 4 AVPs com uma área média de 46.000 m². De bicicleta, os valores para os mesmos grupos são 13 AVPs (ou 140.000 m²) e 33 (346.000 m²).
- No transporte público, os resultados são mais desiguais: em 30 minutos, 6 AVPs (0,052 quilômetros quadrados) são acessíveis para os 10% mais pobres, e 31 (0,256 km²) para os 10% mais ricos.
- As principais recomendações para a cidade, a curto prazo, são aumentar a disponibilidade de transporte público nos bairros periféricos e melhorar sua conexão com as AVPs. A médio e longo prazo, sugere-se priorizar essas regiões para a criação de novas AVPs e estimular o desenvolvimento orientado ao transporte sustentável (DOTS).