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Em 2011 na Alemanha foi anunciado o Desafio de Bonn com compromisso de restaurar 150 milhões de hectares de áreas desmatadas e degradadas até 2020. Em 2014, durante o UN Climate Summit 2014, esse compromisso foi reforçado através de uma meta global para restaurar 350 milhões de hectares de áreas degradadas de agricultura e florestas até 2030, uma área maior do que a Índia.

Os métodos convencionais de restauração, como por exemplo o plantio de mudas em área total, frequentemente demandam muito esforço e recurso. A luz dessa meta, dentre outros acordos ambiciosos de restauração em larga escala, faz-se necessário identificar situações ambientais que permitam o uso de metodologias e técnicas de baixo-custo. Diante desse cenário, as situações ambientais com alta resiliência, ou potencial de auto-recuperação, que permitam a condução da “regeneração natural”, precisam ser identificadas com maior eficiência possível. Da mesma forma, a regeneração natural, como uma das metodologias mais desejáveis, merece ainda estudos adicionais e avalição dos seus benefícios.

Alguns dos resultados já encontrado indicam por exemplo, que o uso da regeneração natural pode reduzir significativamente o custo da restauração. Ao mesmo tempo, a metodologia garante a presença de espécies nativas localmente adaptadas e ainda viabiliza a conservação da biodiversidade, sequestro de carbono e proteção dos recursos hídricos. Apesar dos benefícios econômicos e ambientais já comprovados, a regeneração natural não tem sido priorizada na elaboração de programas e políticas públicas voltadas à restauração florestal.

Tendo em vista a importância desta discussão e da necessidade de aprofundamento no tema, o objetivo deste evento é entender melhor os gargalos e oportunidades no uso da regeneração natural na restauração florestal. Desta forma, gostaríamos de convidá-lo para colaborar nesta discussão e na construção de uma agenda para priorizar ações de restauração florestal em larga escala baseada na identificação de situações com resiliência, que permitam o uso de metodologias e técnicas de baixo custo com o potencial para gerar múltiplos benefícios para a natureza e sociedade.

Objetivos

  1. Assegurar que os líderes políticos, tomadores de decisão, práticos e os profissionais estejam cientes que algumas situações da paisagem permitem metodologias de restauração de baixo custo, com destaque para regeneração natural em situações de resiliência, e que possam considerá-las como estratégias viáveis em sua carteira de restauração;
  2. Desenvolver um arcabouço multisetorial que quantifique as situações de paisagem que permitem a regeneração natural como estatégia de restauração de baixo custo, tendo o Brasil como um incubador.
  3. Iniciar o planejamento para o estabelecimento de uma parceria global com foco na regeneração natural, que promoverá colobaração entre os países que possuem metas de restauração em larga escala.